Sempre em busca de evolução contínua e melhores resultados,
a Confederação Brasileira de Judô decidiu aprimorar a forma de acesso à seleção
brasileira. A partir de 2017, será instituído o Ranking Nacional Sênior, que
vai premiar os atletas que forem mais regulares dentro do país ao longo da
temporada com a oportunidade de representar o Brasil em competições e
treinamentos internacionais.
O modelo é muito parecido ao que é adotado pela Federação
Internacional de Judô (FIJ) como forma de classificação para os Jogos Olímpicos
e também ao que é adotado pela Gestão das Categorias de Base da CBJ desde 2013.
Serão quatro competições que valerão pontos para o Ranking
Nacional: Campeonato Estadual (ou competição equivalente indicada pela
Federação Estadual), Campeonato Brasileiro Regional, Troféu Brasil de Judô e
Campeonato Brasileiro Sênior Final.
Com o novo ranqueamento, a seleção, a partir de 2018, será
definida da seguinte forma:
1) Estarão classificados automaticamente para a seleção:
- O campeão do Ranking Nacional de cada categoria olímpica
ao fim do ano;
- Judocas que estejam na zona de ranqueamento olímpico da
FIJ, contanto que tenham disputado ao menos uma competição válida para o
Ranking Nacional.
2) Estarão classificados para a Seletiva Tóquio 2020:
atletas colocados do 2° ao 9° lugares do Ranking Nacional
Como princípio básico, a CBJ poderá, atendendo a critérios
técnicos, indicar atletas para a Seletiva Tóquio 2020, independentemente do
Ranking.
Os principais objetivos do Ranking Nacional Sênior são:
incentivar a troca de conhecimento entre os atletas com mais bagagem
internacional e as jovens promessas; aumentar o nível técnico do judô nacional
com confrontos diretos entre atletas de diferentes estilos; ampliar a
possibilidade de acesso à seleção — e, consequentemente, às competições e
treinos internacionais — ao aumentar a quantidade de atletas que estarão em
busca das 42 vagas na equipe.
“Estou convicto de que o Ranking Nacional irá criar um
efeito cascata positivo, por várias razões. Valoriza os Campeonatos Estaduais,
Regionais e Nacionais. Promove um maior envolvimento das Federações Estaduais
com a seleção principal. E, principalmente, mexe com todos os judocas
brasileiros. Desde aqueles que estão acostumados com a seleção, que precisarão
se manter num alto nível competitivo, até aqueles que sonham representar o
Brasil e, agora, terão uma chance ainda mais concreta”, disse o presidente da
CBJ, Paulo Wanderley Teixeira.
Para pontuar no Ranking Nacional é preciso ter 15 anos ou
completar 15 anos em 2017 e ser, no mínimo, faixa verde no feminino e roxa, no
masculino. Assim como é no Ranking Mundial da FIJ, o Ranking Nacional também
terá redução de pontos: a cada 12 meses, a pontuação é reduzida em 50%. Já a
principal diferença para o Ranking da FIJ é que os atletas que mudarem de
categoria de peso no mesmo ano, desde que tenham o aval da CBJ, terão direito
de carregar 50% dos pontos deles para a nova categoria.
O Ranking Nacional Sênior poderá ser consultado no sistema
online Zempo, a plataforma de gestão técnica do judô brasileiro.
Para formar a seleção que vai representar o Brasil em 2017,
o sistema de acesso ainda é o mesmo do ciclo olímpico anterior: os melhores
colocados na Seletiva Tóquio 2020 – I Etapa, marcada para os próximos dias 13 e
14 de janeiro, no ginásio de Esportes do Bradesco, em Osasco, região
metropolitana de São Paulo.